Sistema de Informações


  • Fundamentos de Sistema de Informação  


  CONCEITO DE SISTEMAS
  Para entender um poco sobre Fundamentos de Sistemas de Informação devemos inicialmente compreender os conceitos básicos e a base filosófica que a norteia. Atualmente, a palavra “sistema” é mal empregada, é usada de forma indiscrimida e sem qualquer critério, originando, em especial nos meios empresariais, uma confusão de definição. Ou ainda, é usada para expressar determinadas situações dentro de um software.
  Quando se fala em sistemas, um nome deve ser citado: Ludwing Von Bertalanffy, um dos mais importantes cientistas do século XX, que elaborou a teoria geral dos sistemas há mais de trinta anos e que nada perdeu em importância. Nasceu em 1901 e morreu em junho de 1972. Deixou mais de trezentos trabalhos publicados. Seus principais legados são: o “conceito organísmico”, a e “concepção do organismo como um sistema aberto” a construção da “Teoria Geral dos Sistemas” (ROSINI, 2003). 
  O conceito de sistema é: “um conjunto de elementos interdependentes em interação, visando atingir um objetivo comum. Assim, segundo a Teoria Geral dos Sistemas, há dois tipos de sistemas: aberto e fechado.


Todo sistema pode ser decomposto em partes menores denominadas subsistemas. Os subsistemas são conjuntos de elementos interdependentes que interagem para atingir um objetivo comum ajudando o sistema a atingir o seu objetivo maior. Todo sistema apresenta as entradas de dados (inputs), processamento e saída das informações (output) e retroalimentação (feedback). Comparado a um ser vivo, entendemos que o sistema possui um processo de evolução composto de criação evolução e decadência.



  • COMPONENTES GENÉRICOS DE UM SISTEMA



  1. IMPORTAÇÃO DE ENERGIA (INPUT)

 Os sistemas abertos importam alguma forma de energia do ambiente externo. A célula recebe oxigênio da corrente sangüínea; igualmente, o corpo absorve oxigênio do ar e alimento do mundo exterior. Da mesma forma, as organizações sociais precisam também de suprimentos renovados de energia de outras instituições, de pessoas, ou do meio ambiente. Nenhuma estrutura social é auto-suficiente ou autocontida.

  2. A TRANSFORMAÇÃO

  Os sistemas abertos transformam a energia disponível. O corpo converte amido e açúcar em calor e ação. A personalidade converte formas químicas e elétricas de estimulação em qualidades sensoriais e informações em pensamento. A organização cria um novo produto, ou processa materiais, ou treina pessoas, ou proporciona serviço. Essas atividades acarretam reorganização do input. É executado um trabalho no sistema.



  3. OUTPUT (SAÍDA)

  Os sistemas abertos importam e exportam certos produtos para o meio ambiente, quer sejam eles a invenção, concebida por mente pesquisadora, quer sejam uma ponte construída por empresa de engenharia. Mesmo o organismo biológico exporta produtos fisiológicos, como o bióxido de carbono dos pulmões, que ajuda manter as plantas no ambiente imediato.


  4. SISTEMAS COMO CICLOS DE EVENTOS

 
  O padrão de atividades de uma troca de energia tem um caráter cíclico. O produto exportado para o ambiente supre as fontes de energia para a repetição das atividades do ciclo. A energia que reforça o ciclo de atividades pode derivarse de um certo intercâmbio do produto no mundo exterior ou da própria atividade. No caso anterior, a empresa industrial utiliza matérias-primas e trabalho humano para fazer um produto que é mercadizado e o resultado monetário é utilizado para a obtenção de mais matéria-prima e mais trabalho, a fim de perpetuar o ciclo de atividades. No último caso, a organização voluntária pode proporcionar a seus membros satisfação expressiva, de modo que a renovação de energia vem diretamente da própria atividade organizacional. 



  5. ENTROPIA NEGATIVA

  Para sobreviver, os sistemas abertos precisam mover-se para deter o processo entrópico; precisam adquirir entropia negativa. O processo entrópico é uma lei universal da natureza, no qual todas as formas de organização se movem para a desorganização ou morte. Os sistemas físicos complexos se movimentam em direção a uma distribuição aleatória simples de seus elementos e os organismos biológicos também se desgastam e perecem. Entretanto, o sistema aberto importando mais energia do seu meio ambiente do que a que expende pode armazená-la e assim adquirir entropia negativa.


  6. INPUT DE INFORMAÇÃO
 
  Os inputs para os sistemas vivos não consistem somente em materiais contendo energia, os quais se transformam ou são alterados pelo trabalho feito. Os inputs também são de caráter informativo e proporcionam sinais à estrutura sobre o ambiente e sobre seu próprio funcionamento em relação a ele. Assim como reconhecemos a distinção entre indícios e impulsos da psicologia individual, devemos levar em conta o insumo de informação e energia para todos os sistemas vivos.



 7. ESTADO FIRME E HOMEOTASE DINÂMICA


  A importação de energia para deter a entropia opera para manter uma certa constância no intercâmbio de energia, de modo que os sistemas abertos que sobrevivem são caracterizados por um estado firme. Um estado firme não é sem movimento ou de equilíbrio. Existe um influxo contínuo de energia do ambiente exterior e uma exportação contínua dos produtos do sistema mas o caráter deste, o quociente de intercâmbios de energia e as relações entre as partes continuam os mesmos.

 8. DIFERENCIAÇÃO



  Os sistemas abertos deslocam-se para a diferenciação e a elaboração. Os padrões difusos e globais são substituídos por funções mais especializadas. Os órgãos sensoriais e o sistema nervoso evolveram como estruturas altamente diferenciadas, a partir dos primitivos tecidos nervosos. O crescimento da personalidade prossegue de organizações primitivas e grosseiras das funções mentais, para sistemas hierarquicamente estruturados e bem diferenciados de crenças e sentimentos. As organizações sociais deslocam-se para os papéis de multiplicação e elaboração com maior especialização de função.



 9. EQUIFINALIDADE

 
  Os sistemas abertos são ainda caracterizados pelo princípio da eqüifinalidade. De acordo com esse princípio, um sistema pode alcançar, por uma variedade de caminhos, o mesmo estado final, partindo de diferentes condições iniciais. À medida que os sistemas abertos se deslocam em direção a mecanismos regulatórios para controlar suas operações a quantidade de eqüifinalidade pode ser reduzida.